
Os ETF Bitcoins à vista nos Estados Unidos ultrapassaram, pela primeira vez, a estimativa de 1,1 milhão de BTC atribuídos ao criador pseudônimo da criptomoeda, Satoshi Nakamoto.
Esse marco reflete o crescimento exponencial desses fundos e o impacto que eles têm no mercado de criptomoedas.
ETF Bitcoins à vista superam o legado de Satoshi
De acordo com dados da CoinGlass, os 12 ETF Bitcoins à vista nos EUA agora detêm 1.105.923 BTC. O destaque vai para o produto IBIT da BlackRock, que lidera com 521.164 BTC, seguido pelo fundo convertido GBTC da Grayscale, com 214.217 BTC, e o FBTC da Fidelity, que acumula 199.183 BTC.
Esses fundos alcançaram o marco histórico após um período de forte fluxo de entradas, totalizando mais de US$ 33 bilhões desde o início das negociações em janeiro deste ano.
Só nesta semana, os ETFs atraíram quase US$ 2,4 bilhões em novos aportes, com US$ 766,7 milhões (cerca de 7.800 BTC) adicionados apenas na quinta-feira.
O analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, destacou o feito ao afirmar que os ETFs já superaram as reservas de Satoshi, tornando-se os maiores detentores de Bitcoin no mundo em menos de um ano de existência.
MicroStrategy e governo dos EUA estão entre os maiores detentores de Bitcoin
Com o Bitcoin registrando uma valorização de 130% em 2024, ultrapassando a marca de US$ 100.000, os ETFs agora administram mais de US$ 100 bilhões em ativos.
Este desempenho reafirma o apetite do mercado por instrumentos financeiros que oferecem exposição à criptomoeda de forma regulada e acessível.
Enquanto Satoshi Nakamoto permanece como o maior detentor individual de Bitcoin, grandes empresas também possuem reservas expressivas.
A MicroStrategy, por exemplo, lidera como maior detentora corporativa, com 402.100 BTC avaliados em mais de US$ 40 bilhões. O governo dos EUA, com 208.109 BTC em fundos apreendidos, é o maior detentor estatal, à frente de países como China e Reino Unido.
Mitos e realidades das reservas de Satoshi Nakamoto
As estimativas sobre o 1,1 milhão de BTC de Satoshi são baseadas em pesquisas que analisam padrões de mineração nos primeiros blocos da blockchain do Bitcoin, conhecidos como “Patoshi Pattern”.
Este padrão sugere que Satoshi minerou cerca de 22.000 blocos iniciais, acumulando a recompensa de 50 BTC por bloco na época.
Esses BTC permanecem intocados desde a criação, o que reforça a crença de que pertencem ao criador pseudônimo. Contudo, pesquisadores apontam que os números podem estar superestimados, com algumas análises sugerindo um intervalo entre 600.000 e 1,5 milhão de BTC.
Se Satoshi ainda detiver as estimativas originais, suas reservas ultrapassariam os US$ 100 bilhões no mercado atual, colocando-o entre as pessoas mais ricas do mundo, ao lado de nomes como Elon Musk e Jeff Bezos.
No entanto, a inatividade dessas moedas levanta questões sobre a possibilidade de Satoshi estar vivo ou se as chaves privadas foram perdidas para sempre.