
Em entrevista recente, Donald Trump, presidente eleito, afirmou que não pretende remover Jerome Powell de seu cargo como presidente do Federal Reserve antes do término de seu mandato.
Apesar do histórico de tensões entre os dois, Trump deixou claro que, neste momento, não vê motivos para tomar tal atitude.
Mudança no tom de Donald Trump sobre Powell
Durante sua participação no programa “Meet the Press”, da NBC News, Trump foi questionado sobre suas intenções em relação a Powell.
Ele indicou que, embora tivesse autoridade para fazê-lo, não planeja interferir no momento. O presidente eleito destacou que, se fosse necessário, poderia ordenar a saída de Powell, mas reforçou que essa não é sua intenção agora.
Essa posição contrasta com as críticas frequentes feitas por Trump a Powell durante seu primeiro mandato na Casa Branca, quando chegou a ameaçar demiti-lo e o chamou de “idiota” por não reduzir as taxas de juros rapidamente.
Trump renovou suas críticas durante a campanha presidencial de 2024, acusando Powell de ser influenciado politicamente e sugerindo que ele poderia favorecer os democratas ao tomar decisões relacionadas aos juros.
Segundo Trump, Powell havia cometido erros significativos em relação à inflação e, por isso, ele não o indicaria novamente ao cargo caso tivesse a oportunidade.
Powell segue no comando até 2026
O mandato de Powell como presidente do Federal Reserve vai até maio de 2026, mas sua posição no Conselho de Governadores do Fed se estende até 2028.
Em entrevistas anteriores, Donald Trump já havia sinalizado que permitiria que Powell concluísse seu mandato, desde que estivesse “fazendo a coisa certa”.
Essa postura mais moderada sugere que, apesar das críticas, Trump não pretende desestabilizar o Federal Reserve com mudanças abruptas de liderança.
Após a eleição presidencial e a decisão do Fed de reduzir a taxa de juros em 25 pontos-base, Powell foi questionado em uma coletiva de imprensa se renunciaria caso recebesse um pedido direto de Trump.
Sua resposta foi categórica: “Não”. Ele também reforçou que, de acordo com a lei, o presidente dos Estados Unidos não tem poder para demiti-lo ou rebaixá-lo no cargo.